domingo, 18 de maio de 2014

Fala Sério! A cretinização da sociedade


  A ideologia do politicamente correto tornou-se uma praga que parece estar transformando as pessoas em idiotas sem discernimento. A ideia ridícula e inviável de um mundo cor de rosa, onde não existe sofrimento, contrariedades, desigualdades ou preconceitos de qualquer espécie, abandonou o imaginário pueril dos livros de histórias infantis e vem invadido de forma assombrosa as entranhas de nossa sociedade. Seguindo essa lógica, travestidas de políticas públicas inclusivas, o Estado tem tomado para si o direito de tutelar até o comportamento e as convicções de seus cidadãos.
   No fantasioso mundo politicamente correto todos precisam ser eternamente felizes. Para conquistar esse estado de catarse utópica, os idólatras da ideologia do politicamente correto, defendem e implantam verdadeiros absurdos, que seriam dignos de piada se não estivessem imbecilizando cada vez mais nossa sociedade. As crianças não podem mais ser frustradas ou conhecer o fracasso. Se não conseguem aprender o suficiente no ano escolar, não podem repetir o ano e retomar o que foi perdido. Precisam seguir em frente, claudicantes, pois precisamos “valorizar o saber dessas crianças”, mesmo que elas não consigam formar três ou quatro frases ao final do ensino fundamental. Temos, hoje, adolescentes semianalfabetos, incapazes de calcular o troco na compra de figurinhas da Copa do Mundo, mas com certeza com a autoestima nas alturas. Certamente o mercado de trabalho não terá a mesma condescendência politicamente correta ao bater com a porta na cara desses pobres jovens no futuro. Jovens que, por omissão e negligência do Estado, se tornarão vítimas permanentes da mais definitiva – e prevenível - das exclusões. A exclusão social.
   Com a alegação de proteger do sofrimento todas as crianças órfãs, de pai ou mãe, ou as filhas de casais homoafetivos, nos últimos anos circulam projetos que buscam abolir as comemorações nas escolas dos dias das mães e dos pais. Projetos com ares de inclusão que só incluem fantasias distorcidas nas cabeças alienadas de quem as propõe. Essas crianças convivem, como sempre conviveram em todas as épocas, no seu dia a dia com suas próprias realidades. Sabem que suas realidades são diferentes da maioria de seus colegas de escola. Não devem ser excluídas ou discriminadas por isso, mas tão pouco se pode negar, ou simplesmente excluir, a realidade da maioria das crianças, e da sociedade, apenas para contentar a realidade de uma minoria. Isso é mais que exclusão é aberração. Aprender a conviver e lidar com nossas diferenças pessoais faz parte do crescimento de um ser humano, desde a infância. Assim como a frustração é parte essencial na formação de nosso caráter. Só alguém desprovido de bom senso não é capaz de compreender conceitos tão básicos e fundamentais.
   A discriminação de raça, cor ou opção sexual são em todas as formas inaceitáveis. Mas quando os intelectualóides politicamente corretos resolveram abraçar essas bandeiras e temperá-las com discursos de políticas públicas de inclusão social e correção de dívidas históricas, conseguiram o inimaginável: reacender conflitos étnicos e preconceitos que, aos poucos, caminhavam à extinção em nosso país. O preconceito é inerente ao ser humano. Todos tendemos a olhar com estranheza aquilo que não faz parte de nossa cultura, nossas vivências, nossas convicções. Portanto, é perfeitamente natural que a maioria das pessoas ache “esquisito” e estranhe casais homossexuais. Isso é natural e absolutamente aceitável. O que não pode jamais ser aceitável é que se discrimine pessoas por suas opções sexuais. Ninguém precisa entender ou concordar, basta apenas respeitar. É o que se espera em uma sociedade civilizada. E ao Estado cabe coibir toda forma de discriminação. Mas quando os ativistas das causas das minorias LGBT – lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros - passaram a adotar o discurso,  (com vasto apoio governamental), ou a postura, de que quem não concorda com suas práticas é naturalmente homofóbico, criou-se um sentimento de ressentimento em boa parte da maioria heterossexual que se sentiu agredida e injuriada. O mesmo vale para as questões étnicas. Com a desculpa de corrigir dívidas históricas pretende-se devolver terras aos índios. Mesmo que para isso seja preciso despejar de suas casas centenas de famílias que há mais de um século trabalham, produzem e criaram suas raízes nessas terras. Pequenos agricultores. Pessoas simples, que jamais mataram ou expulsaram os índios dessas terras. Gente humilde que nesses campos fizeram suas vidas e criaram suas famílias. Uma gente que hoje vive a incerteza de não saber para onde irão e como vão sobreviver. Essa gente que antes nunca tivera raiva de índio, hoje remói rancor e ressentimento. Não se pode corrigir uma injustiça cometendo outra. São coisas que os alienados politicamente corretos jamais vão conseguir enxergar. Para eles, basta levantar a bandeira de um mundo cor de rosa e que danem-se as consequências. Eles flutuam, sonhadores, em seus mundinhos de fantasias utópicas, com seus discursinhos sem fundamento concreto, pregando sorrateiramente o ódio entre as classes e etnias. Não conseguem perceber que talvez o mundo fosse um lugar melhor sem eles para atrapalhar.

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