Neste ano,
importante ano de pleito, toda ilusão fajuta deverá sair do campo das promessas
e ilusões e adentrar no campo do concreto e alicerce. O anel viário finalmente
será mais do que estacionamentos em oblíquo a estreitar antigas vias, e passará
a ser alternativa real e prática a desafogar o trânsito no centro do reino. As
sinaleiras, com o inovador projeto de inclusão semafórica, serão, enfim, uma maravilhosa
onda verde a fazer fluir o tráfego. Os famigerados e odiados buracos no
asfalto, serão finalmente combatidos por Poliana e sua trupe. O tapete negro do
asfalto cobrirá cada pedaço carcomido das, até então negligenciadas, vias
públicas. Assim garante Poliana, a rainha da inclusão asfáltica, em período
eleitoral.
O pronto
atendimento em saúde, antiga e surrada promessa de campanha, após quase oito
anos, felizmente se tornará realidade. Era uma questão de honra para nossa
rainha Poliana. É bem verdade que não seria toda aquela extasiante utopia
vendida nos últimos anos, e em Horário Eleitoral, mas a culpa era da crise que corroía
orçamentos e aniquilava ideologias e promessas. Não era demérito ou incompetência de Poliana, era
o desastre internacional da economia que corroera as boas intenções reais.
A transposição
do rio que abasteceria o reino em tempos de estiagem, também estava alguns anos
atrasada. Culpa, é claro, do desalinhamento estrelar e de ambientalistas
radicais, obviamente. O lema de nossa rainha será repetido feito mantra nesse
novo ano: se não houver seca, água não faltará! Que assim seja, desejam os
parvos súditos da rainha.
Os velhos e moribundos prédios históricos, continuarão
velhos, moribundos, decrépitos e desassistidos. Com tantas prioridades reais,
como propaganda, publicidade e salários de parasitas, não havia espaço no
orçamento para coisas velhas e bolorentas. Questão de necessidades históricas,
constata Poliana e sua vasta corte socialista. A verdadeira e democrática
história desse pequeno reino, só iniciou há 7 anos. Assim, acredita nossa
rainha. Assim, seus súditos são forçados a acreditar também. Antes de Poliana,
tudo era negro e decadente. Como o asfalto e o velho mato, hoje bem menos verde
e muito mais limpo, à espera da construção do progresso ecológico sobre suas vivas
e verdejantes ruínas. Mais uma esplendorosa e prometida obra de Poliana. Mais
uma pobre ilusão vendida. As velhas árvores (idosas e indecentes árvores
invasoras!) foram criteriosa e meticulosamente derrubadas. Com elas, os ninhos de pássaros, igualmente parasitas.
Tudo em nome do progresso e de um ambientalista projeto de conscientização ecológica.
Nesse ano, curioso e espetacular ano, até os ninhos de pássaros hão de alegremente
brotar do chão, feito promessas.
Bem vindos a
2016! Mais um ano de promessas vazias. Mais um ano de gestões inconsequentes.
Mais um ano de sonhos insolúveis e mentiras mal acabadas. Mais um ano de
ilusões simplórias. Mais um ano, dentre tantos outros, onde contribuintes, compulsoriamente,
deverão financiar propagandas torpes e mentirosas - e sonhos! Sonhar é o que
resta a quem trabalha e sustenta as algazarras com dinheiro público, a
morosidade e incompetência dos gestores eleitos e as mentiras proferidas em
Horário Eleitoral. Sonhar, é a moeda de um povo que se faz povo por só saber
sonhar e aceitar. Sonhar e esperar, é o que nos resta como povo. Esperemos e
sonhemos, como povo que somos, que neste novo ano tudo seja diferente. Só nós,
o povo, continuaremos o mesmo.
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