domingo, 21 de setembro de 2014

Guerra de lama em Horário Eleitoral


Bombas explodiam a cada momento. Mísseis varriam o céu nebuloso. Estilhaços voavam para todo lado. Uma densa fumaça encobria a realidade e dificultava a visão. Conflitos na Faixa de Gaza? Não. Campanhas em Horário Eleitoral. Na impossibilidade de se usar bons argumentos e propostas consistentes, opta-se pelo mais fácil: chafurdar na latrina. O terrorismo é sempre uma boa estratégia àqueles desprovidos de decência.
Frente a possibilidade concreta de se verem apeados do poder através do voto popular, a companheirada desce um pouco mais os degraus da moralidade. Como se não houvessem descido o bastante quando defenderam, de punhos erguidos, criminosos condenados. Com escândalos de assalto aos cofres públicos estourando feito bombas, defendem-se como rege sua cartilha, semeando mentiras e cultivando o medo. Bastante pitoresco o fato de terem chegado onde estão com o comovente discurso de que a esperança vencera o medo. Agora, o terror deve se sobrepor as propostas. Tudo perfeitamente explicável e justificável quando se trata da manutenção de um importante projeto. Projeto esse, que já absorveu cifras incontáveis de recursos públicos. O PAC! Programa de Acomodação da Companheirada. O mais efetivo projeto implantado pela turma em mais de uma década, tirando milhares de companheiros do ócio mal remunerado e garantindo-lhes uma tetinha pública inesgotável. E o medo de perder uma boquinha faz até companheiro vencer a pouca disposição em suar a camisa e resolver arregaçar as mangas e partir para a Luta Livre de ética, modalidade preferida desse time.
Precisamos defender o petróleo, que é nosso! Brada a companheirada, liderada por seu messias, o Ilusionista – com as mãos sujas, mas não de petróleo. E nosso, é preciso que se traduza, quer dizer deles, os companheiros. Quadrilha essa, que armada de emblemáticos discursos contra a malfadada privatização de empresas públicas de exploração do petróleo, entregou a dita Estatal à pilhagem e roubalheira de seus comparsas. É a inclusiva política de companheirização da coisa pública. Se com o braço abraçam a empresa, com a mão lhe surrupiam a carteira. E para defender o projeto criminoso de poder dos quadrilheiros, do pescoço para baixo tudo é canela. Mentir faz parte da democracia, acreditam eles, profissionais da mentira. Denegrir é um direito Constitucional. E roubar dinheiro do povo, é só um lapso momentâneo de conduta. Sorte dos bandidinhos nos presídios, poderem aprender com gente assim, tão qualificada quanto desprovida de vergonha quando submersa em falcatruas e escândalos de corrupção.
Os baluartes da moralidade e da defesa das minorias, precisam convencer a todos que seus oponentes são justamente aquilo que eles próprios representam: intolerantes religiosos, patrocinados pelos horripilantes banqueiros, incompetentes na gestão da coisa pública, semeadores do analfabetismo funcional. A odiosa Oposição pretende retirar os direitos dos trabalhadores, que voltarão a ser escravos, como os cubanos. Acabará com os benefícios assistenciais, e o povo passará fome. O futuro se tornará negro, como o chorume onde hoje chafurdam. Só não acusam os seus opositores de  corruptos, afinal, essa pecha é monopólio dessa quadrilha que sempre há de se orgulhar do difícil título conquistado no reino da impunidade. 

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