quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A festa dos ratos no reino de Poliana


Algo cheirava mal no reino de Poliana. E não era apenas o odor exalado por Oposição, que se decompunha rapidamente. A sujeira do reino parecia ainda maior que a imundice dos reinantes. Enquanto seus súditos gritam, reclamam e vomitam, Poliana e seus asseclas torcem o nariz diante de tanto alarde. Não entendiam o motivo da comoção popular e não demonstravam muita disposição em varrer o problema. Não havia motivo algum para pressa. Lixo se deteriora e desaparece com o tempo. Era só esperar.
Ao povo, decente e limpo, faltava compreensão e entendimento de que sua ilustre corte há muito se acostumara com o cheiro nauseante de seu caráter deteriorado, de moral degenerada e atitudes apodrecidas.
Um povo que, mesmo acostumado a se alimentar dos restos e sobras da mesma (sempre a mesma) casta asquerosa, ainda crê e espera. Confia que a cada ciclo de quatro anos surja dos dejetos um caráter puro ou uma ideologia cristalina e límpida.
Não sabem, os crédulos, que em meio a podridão e excrementos nascem e crescem apenas moscas, vermes e ratos.

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