domingo, 7 de novembro de 2010

GLOSSÁRIO DE TERMOS PARA UM REINADO ÉTICO E MORAL


Surge, em meio a sal e petróleo, um novo e promissor reino, límpido, claro e transparente. Agora regido por sua majestade a Escolhida. Uma intrépida e corajosa rainha. Sob a benção do maior rei da história, o Ilusionista. Reinado que promete ser guiado pela ética e a moralidade, únicos atributos que faltaram ao Ilusionista. Nessa nova e histórica página, velhos baluartes da democracia e justiça prometem sair do armário. Após oito anos de pelegagem, muitos precisarão retornar aos bancos escolares para aprender conceitos já um tanto atrofiados pelo desuso. Para auxiliar o processo de aprendizagem cabe um resumido glossário:
Ética: conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano. Roubar, mentir, usar de meios ilícitos para benefício próprio ou de outros, não é desvio ético. Chama-se popularmente: sem-vergonhice.
Mentir: afirmar coisa que sabe ser contrária a verdade. Dizer que não sabia do óbvio ululante é o mesmo que mentir.
Roubar: se apropriar, sem autorização, de coisa alheia. O mesmo que subtrair as escondidas. Não é considerado, ainda, ofício ou profissão, mesmo que executado de forma repetida e ao longo de vários anos.Honesto: honrado, digno, íntegro. Relativo aquele que não rouba, não mente, não faz que não vê o óbvio ululante, não aceita propina, não defende a corrupção ou qualquer ato ilícito.
Trabalhar: ocupar-se em algum ofício ou profissão. Esforçar-se para fazer alguma coisa. Esforçar-se para eleger um amigo ou acobertar falcatruas alheias não é trabalhar.
Trabalhador: aquele que trabalha. O contrário de vadio (aquele que não faz nada). Quem apenas agita bandeiras ou promove bandalheiras não é, ainda, considerado trabalhador. Quem rouba é ladrão, não trabalhador. Roubar é conceitualmente crime, embora haja controvérsias sobre o tema.
Sindicato: associação de pessoas do mesmo ramo de atividades que se unem para defender sua categoria e negociar melhoria nas condições de trabalho e salariais. Não existem sindicatos governamentais ou sindicatos de partidos políticos, portanto os sindicatos devem defender os trabalhadores, não determinado partido ou qualquer governo, independente de cor ou credo. Qualquer membro de sindicato que aja contrário a esses conceitos são chamados popularmente de pelegos.
Pelego: Pele de carneiro com a lã, usada sobre a montaria, para amaciar o assento. O membro de sindicato que, ao contrário de defender os interesses de sua categoria profissional, defendem interesses próprios ou daqueles que detém o poder (os donos do poder) são unanimemente considerados pelegos.
Vagabundear: levar vida de vadio (não fazer nada). Quem vagabundeia não pode pertencer a qualquer sindicato. Não existe (em tese) sindicato dos vadios. Quem apenas mamou nas tetas públicas não é, moralmente, considerado trabalhador.
Socialismo: Sistema daqueles que querem transformar a sociedade pela incorporação dos meios de produção na comunidade, pelo regresso dos bens e propriedades particulares à coletividade, e pela repartição, entre todos, do trabalho comum e dos objetos de consumo.
Repartir propinas entre amigos, companheiros ou pelegos, ou o ato de se locupletar de verbas ou benefícios governamentais não é, na teoria Marxista, Socialista ou qualquer outro idealismo similar, o mesmo que socialismo. Chama-se popularmente de corrupção, roubalheira ou sem-vergonhice institucional ou governamental.
Democracia: Governo do povo. Regime político que se funda na soberania popular, na liberdade eleitoral, na divisão de poderes e no controle da autoridade. O contrário de ditadura e autoritarismo. Sistema de governo sonhado e idealizado por intelectuais, sindicalistas e movimentos sociais, antes dos mesmos aderirem ao peleguismo.
Peleguismo: termo não constante nos dicionários vigentes. Serve para denominar os membros de sindicatos, movimentos populares, intelectuais e similares, que se deixaram cooptar por propinas, recursos governamentais ou falsos idealismos e deixaram de lutar por ideais de democracia, liberdade e justiça social que foram, mesmo que remotamente, motivação para suas lutas, letras de músicas, textos ou discursos.
ONG: Organizações não governamentais (ou também chamadas de organizações não governamentais sem fins lucrativos), são associações do terceiro setor, da sociedade civil, que se declaram com finalidades públicas e sem fins lucrativos, que desenvolvem ações em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para modificar determinados aspectos da sociedade. Quando as ONGs recebem auxílio e incentivos financeiros do governo (aqueles que detém o poder) deixam de ser “não governamentais”, passam a ser entidades regidas, domesticadas e adestradas pelos interesses dos donos do poder. O mesmo que “Pelegos Governamentais”. Passam a defender o Governo e não a sociedade civil.

Um comentário:

  1. Gostei do glossário. Mas tem gente que jamais vai compreender. Infelizmente pra todos nós.

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